sexta-feira, 16 de agosto de 2013

JOGO DA MEMÓRIA ASSOCIATIVA DO CLIMA E VEGETAÇÃO DA AMÉRICA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA DO PROJETO PIBID GEOGRAFIA UENP.

Artigo publicado no I Simpósio de Geografia "Novos Rumos para os Estudos Geográficos" e IX Semana de Geografia. UENP, Cornélio Procópio, 2013.
JOGO DA MEMÓRIA ASSOCIATIVA DO CLIMA E VEGETAÇÃO DA AMÉRICA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA DO PROJETO PIBID GEOGRAFIA UENP.

FERREIRA, Fernanda de Godoy - Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP
SANTOS, Jéssica Mayara Machado - Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP
 OLIVEIRA, Jully Gabriela Retzlaf de - Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

RESUMO

O artigo tem por objetivo relatar a experiência pedagógica vivenciada com a aplicação do jogo Memória Associativa do Clima e Vegetação da América no 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual André Seugling e apresentar os resultados obtidos. Para tanto foram realizadas pesquisas bibliográficas, aulas-piloto do conteúdo Clima e Vegetação da América, confecção do jogo no projeto PIBID e aplicação do jogo na mesma turma de realização da aula. O jogo da Memória Associativa do Clima e Vegetação da América foi criado e executado conforme as especificidades da turma e o grau de cognição da mesma, o que despertou o interesse dos alunos pelo assunto, contribuiu para fixação do conteúdo proposto e aumentou a participação ativa dos alunos em sala de aula. Também possibilitou o enriquecimento da prática docente da professora supervisora e a motivação para o exercício da docência nos alunos bolsistas.


PALAVRAS – CHAVE: PIBID Geografia; Jogos Didáticos; Técnica de Ensino.

INTRODUÇÃO
O Projeto PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, é um programa que disponibiliza aos discentes de licenciatura bolsas que incentivem o desejo pela docência na rede pública. Tem por objetivo auxiliar na articulação entre teoria e prática, o que contribui para promover a qualidade das ações acadêmicas do licenciando, assim obtendo experiências e se preparando para exercer a profissão. Considerando que a melhor forma de aprender é analisar e conhecer a realidade.
O presente trabalho é resultado das atividades didáticas desenvolvidas nas escolas parceiras do Projeto PIBID Geografia da UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP, campus de Cornélio Procópio. O artigo tem por objetivo relatar a experiência pedagógica vivenciada com a aplicação do jogo Memória Associativa do Clima e Vegetação da América no 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual André Seugling e apresentar os resultados obtidos.
Para a realização deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas, aulas-piloto no 8º ano do conteúdo Clima e Vegetação da América, confecção do jogo no projeto PIBID e aplicação do jogo na mesma turma de realização da aula.

 O JOGO DA MEMÓRIA ASSOCIATIVA DO CLIMA E VEGETAÇÃO DA AMÉRICA

Um dos maiores desafios do professor atualmente é tornar as aulas mais atrativas, garantir a participação ativa dos alunos e a construção do conhecimento. Desta forma, faz-se necessário pensar nos métodos e técnicas de ensino, pois estes são parte fundamental do trabalho docente e serão usados de forma adequada para atingir os objetivos da aula.
Sendo assim as técnicas de ensino colaboram para um melhor funcionamento das aulas, Bordenave e Pereira (1978) diz que um professor moderno escolhe as atividades de ensino e as coloca como uma etapa importante de sua profissão. Segundo os autores, as técnicas de ensino não devem ser escolhidas aleatoriamente, elas tem de ser elaboradas de acordo com pesquisas que o professor faz em sala, como, qual melhor conteúdo a se aplicar em cada atividade, em qual turma funcionaria da melhor maneira e a quantidade de alunos a participarem. Neste sentido, a seleção dessas atividades deverão estar relacionadas às atividades de ensino adequada aos objetivos educacionais, aos conteúdos e aos alunos. Desta forma, faz-se necessário que o professor pense constantemente sua ação docente, elegendo o método de ensino e os recursos didáticos adequados ao conteúdo e objetivos da aula, estabelecendo a relação objetivo-conteúdo-método proposta por Libâneo (1994). Stefanello (2008) afirma a necessidade de planejamento claro e elaborado, ou podem provocar conflitos de ordem significativa, cognitiva, afetiva, motora e social.
Um método de ensino interessante é utilizar os jogos didáticos, pois possibilita ao aluno um envolvimento maior nas aulas, Castellar e Vilhena (2010) afirmam a importância de se trabalhar nessa perspectiva, pois contribui no desenvolvimento intelectual dos alunos, assim, tendo um maior aprendizado, vivencia as atividades e é colocado em situação de desafio, raciocinando sobre o conteúdo proposto.
Os jogos didáticos estimula o raciocínio do aluno, tendo assim uma melhor fixação do conteúdo, desde que haja um bom planejamento do professor e que dê resultados positivos ao aplica-lo em sala, ajudando na construção de conhecimento do aluno e melhorando o processo de ensino aprendizagem.
O Jogo da memória associativa do Clima e da Vegetação da América foi elaborado para ser aplicado em 01 hora aula do 8º ano do Ensino Fundamental e consiste em 20 peças de madeira que contém: 10 de  dicas do clima e vegetação da América e 10 de imagens do clima e vegetação da América. 
O Jogo tem por objetivos promover o raciocínio lógico; revisar o conteúdo de Clima e Vegetação da América pela associação de textos e imagens; propiciar um aprendizado lúdico e aumentar o interesse pelo tema.
                                                                                 
Materiais necessários para elaboração do jogo:
20 tacos mdf – medidas 12cm/ alt. 6cm/ larg, 4 folhas de papel foto - para impressão de imagens e dicas, Papel contact – transparente e personalizado, Livro didático e imagens retiradas da internet (figuras 01, 02 e 03).




Metodologia para confecção do jogo: No computador, por meio do programa Power Point (figuras 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10,11, 12), foi desenhado o retângulo da peça do dominó (com as medidas acima descritas) com uma divisão no meio.
Em dez peças foram colocadas as dicas do clima e da vegetação, e em dez peças foram colocadas as imagens, cuidando para que todas as peças tivessem  seu conteúdo trabalhadas durante a aula-piloto.













 Regras do jogo: para jogar é preciso separar a turma em grupo de 4 a 5 jogadores.  Cada aluno terá a chance de abrir 2 peças por vez, sendo uma de  texto (dica)  e outra de imagem, neste momento o jogador deverá verificar se a peça da dica corresponde à peça da imagem (figura 13). Caso forme um par o jogador deve retirar as peças do jogo, do contrário deverá retornar a peça no local que estava. Na sequência os demais jogadores fazem o mesmo. Ganha o jogo quem acertar mais pares.

Figura 13 – Par que compõe dica e imagem do Clima Subtropical da América.

A APLICAÇÃO DO JOGO DA MEMÓRIA ASSOCIATIVA DO CLIMA E VEGETAÇÃO DA AMÉRICA NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Em duas aulas conjugadas as bolsistas, em dupla, ministraram uma aula piloto referente ao conteúdo de Clima e Vegetação da América, utilizaram a Tv pen drive, quadro negro, mapa mundi  e mapa físico da América e o livro didático.
A aula foi apresentada de forma dinâmica de forma que os alunos se colocaram participativos, inclusive no momento da aula em que foi formado um circulo para expor as ideias que possuíam a respeito do assunto.
O jogo foi aplicado em uma turma do 8º ano, com 15 alunos, do período vespertino no Colégio Estadual André Seugling, localizado em Cornélio Procópio-PR. A aplicação teve duração de uma aula.
Durante o jogo os alunos utilizaram informações do livro didático para associar as imagens com as dicas, além da orientação de um bolsista ou professor. 
Houve um entusiasmo surpreendente por parte dos alunos no decorrer da aplicação do jogo, em que os mesmos participaram assiduamente, demonstrando uma competitividade já esperada pela faixa etária deles.
Os alunos jogaram diversas vezes, achando a atividade de um grau de dificuldade fácil, despertando maior interesse nos mesmos.
Para os bolsistas foi proporcionado um momento diferenciado na carreira acadêmica, em que não se sentiam avaliados e sim apoiados pelas professoras supervisora e coordenadora. Promovendo uma segurança maior no decorrer da aula piloto e durante a aplicação da técnica de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O jogo da Memória Associativa do Clima e Vegetação da América foi criado e executado conforme as especificidades da turma e o grau de cognição da mesma, o que despertou o interesse dos alunos pelo assunto, contribuiu para fixação do conteúdo proposto e aumentou a participação ativa dos alunos em sala de aula. Também possibilitou o enriquecimento da prática docente da professora supervisora e a motivação para o exercício da docência nos alunos bolsistas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, C. Jogos e dinâmicas para o ensino da Geografia In: ANTUNES, C. Geografia e Didática.Petrópolis: Vozes, 2010

BORDENAVE,J.D; PEREIRA, A.M. Estratégias de Ensino e Aprendizagem. Petrópolis.Vozes,1978.

CASTELLAR, Sonia; VILHENA, Jerusa. Jogos, Brincadeiras e Resolução de Problemas. In: CASTELLAR, S.; VILHENA, J. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage, 2010. p. 43-63.

LIBANEO, J. C. Didática.  São Paulo: Cortez, 1994.

STEFANELLO, A.C. Didática e Avaliação da Aprendizagem no Ensino de Geografia. Curitiba: Ibpex, 2008.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

REFLEXÕES SOBRE A APLICAÇÃO DO “JOGO DAS TRÊS PISTAS DOS CONTINENTES” NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMNETAL VIA PROJETO PIBID- GEOGRAFIA/ UENP

Artigo publicado no I Simpósio de Geografia "Novos Rumos para os Estudos Geográficos" e IX Semana de Geografia. UENP, Cornélio Procópio, 2013.
REFLEXÕES SOBRE A APLICAÇÃO DO “JOGO DAS TRÊS PISTAS DOS CONTINENTES” NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMNETAL VIA PROJETO PIBID- GEOGRAFIA/ UENP

SOUZA, Jeane Fátima Moraes – Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP¹
SANTOS, Loanda Jéssica dos – Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP¹
BETTIM, Nathan Aguiar – Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP¹
OLIVEIRA, Jully Gabriela Retzlaf – Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP²

Resumo
O presente trabalho foi desenvolvido no projeto PIBID Geografia – UENP e tem por objetivo relatar a experiência pedagógica vivenciada com a aplicação do jogo das Três Pistas dos Continentes no 6º ano do Ensino Fundamental. Para a realização do mesmo, foram realizadas pesquisas e leituras bibliográficas, aulas-piloto no 6º ano sobre o conteúdo Continentes, confecção e aplicação do “Jogo das Três Pistas dos Continentes” na mesma turma de realização da aula. A aplicação do jogo produziu resultados pedagógicos positivos, pois tornou o ambiente da sala de aula mais descontraído, aumentou a participação ativa dos alunos e melhorou a compreensão e interesse sobre o tema estudado. Também possibilitou o enriquecimento da prática docente da professora regente.

Palavras-chave: Geografia; Recurso Didático; Lúdico.

INTRODUÇÃO
           
O presente trabalho foi desenvolvido no projeto PIBID Geografia – UENP, campus de Cornélio Procópio, o qual ter por objetivo ampliar o debate e a pesquisa sobre o Ensino de Geografia, incentivar a iniciação à docência e promover a formação continuada. Durante o período de execução do projeto (agosto de 2012 até o momento) foram realizadas várias atividades envolvendo bolsistas de iniciação à docência, professoras supervisoras, escolas do projeto e alunos. Em especial aqui, destacamos a elaboração e aplicação de jogos de Geografia nas aulas do Ensino Fundamental II.
O artigo tem objetivo relatar a experiência pedagógica vivenciada com a aplicação do jogo das Três Pistas dos Continentes no 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual André Seugling e apresentar os resultados obtidos. Este trabalho torna-se relevante pois, apresenta uma prática de ensino diferenciada para o contexto da realidade escolar, contribuindo, desta forma, para melhorar e enriquecer as aulas de Geografia.
Para a realização do mesmo, foram realizadas pesquisas e leituras bibliográficas, aulas-piloto no 6º ano do Ensino Fundamental do conteúdo Continentes, confecção do jogo no projeto PIBID e aplicação do “Jogo das Três Pistas dos Continentes” na mesma turma de realização da aula.
O trabalho vai apresentar inicialmente a importância dos jogos no ensino de Geografia. Em seguida será apresentado o jogo elaborado, contendo as regras e as cartas produzidas e posteriormente será relato a experiência pedagógica da aplicação do jogo na sala de aulas, inclusive a aula-piloto antecedente, até os resultados obtidos.
  
O jogo nas Aulas de Geografia


A tarefa de formação própria ao ensino de Geografia é a de contribuir para o desenvolvimento de um modo de pensar geográfico, que compõe um modo de pensar sobre o mundo e a realidade que nos cerca (CAVALCANTI, 2007). Para tanto, o professor precisa pensar nos métodos e técnicas de ensino utilizados em sala de aula que permitam a construção do conhecimento. Desta forma, existem inúmeros recursos didáticos que podem auxiliar o professor, os jogos e as atividades lúdicas são uma opção. Segundo Stefanello (p.112,2008) “proporcionar situações lúdicas na escola favorece o desenvolvimento de habilidades necessárias para a construção do conhecimento”, sendo o jogo um instrumento fantástico para contribuir com a aprendizagem dos alunos. Para Castellar e Vilhena (p. 44, 2010) “os jogos e as brincadeiras são situações de aprendizagem que propiciam a interação entre alunos e entre alunos e professores [...]”.
Atualmente a sala de aula é visto pelos alunos e professores como algo desestimulador, são inúmeras as causas que levam a essa situação, pode-se citar que o problema mais “falado” é a indisciplina, porém, a falta de interesse muitas vezes está associada pelo fato de o conteúdo estar muito abstrato para eles, “sem nenhuma utilidade”, com aulas sempre enfadonhas, tendo a Geografia como sinônimo de decoreba, sem influencia com a sociedade e natureza. 
            O uso do jogo em sala de aula proporciona entusiasmo e motivação nos alunos, o que faz com que eles se interessem pelo conteúdo sem se tornar algo cansativo. Logo, os mesmo terão uma aprendizagem significativa.
            Freitas e Salvi ressaltam que
[...] O elemento que separa um jogo pedagógico de um outro de caráter apenas lúdico é que, este se desenvolve com a intenção explícita de provocar aprendizagem significativa. Estimular a construção de um novo conhecimento e despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva [...] (p. 307, 2009).

Para utilização do jogo nas aulas de Geografia, faz-se necessário ter um objetivo estabelecido que vá de encontro com o conteúdo trabalhado, para que não seja apenas uma brincadeira em sala de aula, no qual não terá nenhum significado na aprendizagem do aluno.
No entanto, sabe-se que jogo é um recurso pouco utilizado em sala de aula e segundo Piaget (1975, apud FREITAS; SALVI, 2009) “por meio de jogos a criança constrói conhecimento sobre o mundo físico e social, desde o período sensório-motor até o período operatório formal”. Logo, verifica-se que o jogo constitui um instrumento de grande valor no ensino, pois proporciona ao aluno um contato simulado com a realidade, estimulando seu raciocínio.
Dessa forma, faz se fundamental o uso de novas metodologias em sala de aula, sendo o jogo um recurso de grande valia para ser usado pelos docentes a fim de contribuir para uma aprendizagem significativa dos alunos, tendo em vista que Geografia visa formar cidadãos críticos, o jogo também contribui com ensino de valores, pois os alunos aprendem a ganhar, perder, respeitar e compartilhar.

O Jogo das Três Pistas dos Continentes

O “Jogo das Três Pistas dos Continentes”, foi elaborado para ser jogado no 6º ano do Ensino Fundamental e consiste em cartas que contém 03 pistas relacionadas ao tema central de estudo, sendo aqui os Continentes e uma palavra-chave, que deverá ser desvendada pelos alunos com a ajuda das pistas.
O jogo das três pistas tem por objetivo revisar e fixar o conteúdo trabalhado na aula-piloto sobre Continentes; propiciar aos alunos um aprendizado lúdico e diferenciado da realidade cotidiana; motivar e despertar no aluno o interesse em conhecer o assunto.
Para confecção do jogo foram utilizados: papel cartão para impressão das cartas; plástico para crachá, para colocar as cartas; envelope, para guardar as cartas. Para jogar no 6º ano foram elaboradas 20 cartas contendo em cada uma três pistas sobre os continentes e uma palavra-chave (figuras 01, 02, 03 ,04, 05, 06, 07).
Para jogar é necessário separar a sala em dois grupos. Diante dos envelopes (enumerados de 1 a 20) a professora pede para o grupo iniciante escolher um envelope. Na sequência a professora deve fazer a leitura da primeira pista (valendo 15 pontos), se o grupo não souber vai para o próximo grupo que terá a segunda pista (valendo 10 pontos), caso este não saiba a carta vai novamente para o grupo iniciante que terá acesso à terceira pista (valendo 05 pontos). Quando um grupo acertar a palavra-chave os pontos correspondente à dica serão contabilizados para a equipe. Ganha o jogo o grupo que fizer mais pontos.

 Figura 01: Carta modelo do Jogo das Três Pistas dos Continentes.
 Figura 02 a 07 : Cartas do Jogo das Três Pistas dos Continentes.






 A Aplicação do jogo das Três Pistas dos Continentes no 6º ano do Ensino Fundamental

Antes da aplicação do jogo foi realizada uma aula-piloto em dupla referente ao conteúdo continentes, em uma turma vespertina do 6º ano do Colégio Estadual André Seugling, sob orientação da coordenadora do projeto e da professora regente. Para melhor compreensão do assunto inicialmente foi dado um mapa mundi mudo para os alunos colorirem os continentes e criar legendas para cada um.  A aula foi expositiva e dialogada utilizando o mapa mundi físico e político e a Tv pendrive para passar imagens de diversos lugares do mundo, cuidando para discutir as pistas contidas no jogo.  
Durante a explicação da aula foram encontradas algumas dificuldades de indisciplina devido a um aluno que tumultuava a sala inteira, o mesmo é repetente e possui muitas dificuldades. Diante desta situação chegou-se a pensar em não aplicar o jogo, uma vez que a sala era muita agitada e o jogo poderia causar mais conversa ainda. Porém seguiu-se com a ideia a fim de verificar se o instrumento elaborado provocaria algum resultado.
No decorrer da aula, foi possível perceber que o mapa era algo diferente em sala, pois a grande maioria tinha dificuldade para fazer localizações. Porém, no momento os alunos não deram tanta importância, mas na hora de jogar eles ficaram muito interessados com o conteúdo, pegando o livro para ver o mapa  e o caderno onde foram feitos anotações no dia da aula.
A aplicação do jogo foi surpreendente, pois devido a indisciplina e dispersão na aula surgiu a preocupação de não ser possível a aplicação do jogo na turma. Mas o resultado foi totalmente diferente do esperado, todos os alunos participaram com bastante entusiasmo, se preocupando entender as dicas para desvendar a palavra-chave. Até mesmo o aluno mais agitado se mostrou um líder do grupo que estava e chegou a comentar que deveria prestar mais atenção na aula para saber jogar.
  
CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Constatou-se que o uso do jogo como instrumento de ensino, promoveu benefícios didáticos bastante relevantes, pois tornou o ambiente da sala de aula mais descontraído, aumentou a participação ativa dos alunos e melhorou a compreensão e interesse sobre o tema estudado. Logo, este recurso torna a sala de aula mais atrativa e motivadora, proporcionando aos alunos interesse em aprender. Durante o jogo foi possível observar o quanto os alunos aprendem brincando, tornando o contado professor e aluno mais agradável. Outro ponto, observado é que a atividade possibilitou o enriquecimento da prática docente da professora regente.

REFERÊNCIAS

CASTELLAR, S.; VILHENA, J. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage, 2010

CAVALCANTI, L. S. Ensino de Geografia e diversidade: construção de conhecimentos geográficos escolares e atribuição de significados pelos diversos sujeitos do processo de ensino. In: CASTELLAR, Sonia (Org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes .2.d. São Paulo: Contexto, 2007.

FREITAS, E. S.; SALVI, R. F. A Ludicidade Voltada para o Ensino de Geografia: proposta do jogo Paraná em questão. In.: PINESSE, J. P. et al. Prospecções em Geografia e meio ambiente. Londrina: Edição Humanidades, 2009.

STEFANELLO, A.C. Didática e avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia. Curitiba: Ibpex, 2008.

JOGO DO DOMINÓ GEOGRÁFICO DA REGIÃO SUL: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL VIA PROJETO PIBID *

Artigo publicado no I Simpósio de Geografia "Novos Rumos para os Estudos Geográficos" e IX Semana de Geografia. UENP, Cornélio Procópio, 2013.
JOGO DO DOMINÓ GEOGRÁFICO DA REGIÃO SUL: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL VIA PROJETO PIBID *

Joice Maria Barros**

Breno da C. Neto**

Jully Gabriela Retzlaf de Oliveira

RESUMO:
O objetivo do presente artigo é revelar  como o jogo de dominó pode ser aplicados nas aulas de geografia no 7º ano do Ensino Fundamental, pois o mesmo contribuiu de forma eficaz no processo de ensino-aprendizagem despertando o desejo de conhecer mais sobre a região sul, aguçando os alunos para aprender e fazer geografia de forma lúdica quebrando práticas tradicionais para o aprendizado. Para realização deste trabalho foram necessárias pesquisas bibliográficas, observações nas aulas de geografia, escolha do conteúdo, construção teórica e pratica do jogo de dominó da região sul, aplicação da aula piloto e depois a aplicação do jogo de dominó em sala de aula. Conclui-se que o dominó geográfico da região sul torna-se uma excelente opção, pois permiti a realização de variados objetivos didáticos, mas também promove a socialização e interação entre aluno e aluno e entre aluno e professor.


Palavras- chave: Recurso didático; lúdico, formação docente.



INTRODUÇÃO

O projeto PIBID Geografia UENP, está vinculado ao Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP, Campus de Cornélio Procópio e tem por objetivo central incentivar a iniciação à docência e promover a formação continuada, contemplando em suas atividades a maior experiência com a docência. O projeto possui onze bolsistas de iniciação à docência, duas professoras supervisoras e dois colégios participantes: Colégio Estadual Monteiro Lobato e Colégio Estadual André Seugling, ambos localizados no município de Cornélio Procópio – PR.
Como afirma Garrido (2000), é preciso mudar as praticas pedagógicas conforme a realidade escolar e seus desafios, construir diferentes alternativas para cada realidade, mas o professor sozinho não consegue manter essa inovação. Desta forma buscou-se através do projeto PIBID Geografia UENP construir práticas de ensino que vão de encontro á realidade das escolas do projeto, visando melhorar a participação e aprendizagem dos alunos e enriquecer as aulas de Geografia. Para tanto, foi elaborado e aplicado o jogo do Dominó Geográfico da Região Sul em uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual André Seugling. 
O objetivo deste artigo é apresentar o jogo do Dominó Geográfico da Região Sul, bem como relatar a experiência pedagógica vivenciada com a utilização deste instrumento de ensino, desde a aula-piloto, aplicação do jogo e resultados obtidos em sala.
Para realização deste trabalho foram necessárias pesquisas bibliográficas, observações nas aulas de geografia, escolha do conteúdo, construção teórica e pratica do jogo de dominó da região sul, aplicação da aula piloto e depois a aplicação do jogo de dominó em sala de aula.


1 A IMPORTÂNCIA DO USO DOS JOGOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA


No Brasil até os anos 1960 aprender Geografia era saber descrever e memorizar conteúdos. Atualmente não é assim, pois a Geografia é estudo das transformações do espaço e as relações humanas. Atualmente há necessidade de contextualizar o viver dos alunos com os fenômenos geográficos (ANTUNES, 2010).
Nesse sentido, os métodos devem ser alterados para que o aluno possa construir seu conhecimento. Também, criar condições para que aprenda um tema ou conteúdo. Quando há ensino relacionado com o cotidiano do aluno, ocorre à aprendizagem significativa o aluno se sente sujeito de seu conhecimento em sala de aula (CASTELLAR, 2010). Desta forma, faz-se necessário que o professor pense constantemente sua ação docente, elegendo o método de ensino e os recursos didáticos adequados ao conteúdo e objetivos da aula, estabelecendo a relação objetivo-conteúdo-método proposta por Libâneo (1994).
Há uma diversidade de recursos que auxilia no processo de aprendizagem, como vídeo, música, informática, giz e quadro-negro, textos, mapas e globo, fórum simulado, grupos de trabalho, jornal falado e escrito, dramatização e também os jogos e simulações (VIEIRA; SÁ, 2007). Dando destaque aos jogos Ronca e Escobar (1982) relata que os jogos não são brinquedos ou apenas variação na estratégia, mas ele deve fazer parte do planejamento da aula visando determinada aprendizagem e exige elaborar procedimentos metodológicos para sua aplicação. Delimitando regras e procedimentos que será seguido pelos jogadores conjuntamente.
Os jogos devem estar dentro do planejamento de ensino e também ter o seu planejamento próprio à parte, pois o jogo pode proporcionar o desenvolvimento de diversas habilidades e competências que não é o objetivo da aula. Então, todo jogo é capaz de alcançar variados objetivos não só relacionado ao conteúdo como socialização e interação entre aluno e aluno e com o professor.     
Segundo Freitas e Salvi (2009) nem todos os jogos podem ser adaptados ao ensino como material pedagógico. Deve estimular habilidades operatórias, desenvolver aptidão ou capacidade cognitiva para que compreenda e que o individuo intervenha nos fenômenos sociais e culturais que ele construa suas conexões de aprendizagem. Portanto o jogo deve está presente numa proposta pedagógica com objetivos e resultados específicos.
Acrescenta Castellar (2010) que além do jogo estar presente no planejamento da aula, deve ser aplicadas aulas sobre o conteúdo significativamente antes do jogo. Servindo tanto para ir além do conteúdo ou para iniciar o conceito. A autora coloca que os jogos auxiliam o aluno, a saber, pensar sobre seu cotidiano. Através de situações de desafios, organizando-se e raciocinando sobre o conteúdo que aprendeu ou ira aprender.
Somando a isso, Vieira e Sá (2007) argumentam que o jogo desenvolve a concentração, coordenação motora e a socialização. O aluno pode se colocar no lugar do outro e enxergar o outro no jogo. Os alunos utilizam de pensamento lógico, usam inteligência, melhoram suas habilidades, possui domínio de espaço, como ponto crucial o aluno passa a ser sujeito ativo, agora é ele o centro das atenções.
No entanto, quando se trabalha em grupo cabe ao professor ser mediador do jogo, pois há alunos que não se adaptam com a socialização por medo da opinião dos colegas na tomadas de decisão ou por ser acanhado e tímido tem medo de dar sua opinião.  O professor deve espera isso e preparar os alunos antes para isso, para não causar frustações entre os alunos, mas o objetivo é obter atitudes e valores sociais (RONCA e ESCOBAR, 1982).
Assim, pode-se afirmar que os jogos além de fazer parte do planejamento de ensino, tende a atender objetivo pedagógico e acrescentar no processo de aprendizagem, além disso, permite melhorar a vivencia do aluno nas tomadas de decisões voltadas para suas atitudes, que deve ter foco em formar cidadão e respeitar o próximo (CASTELLAR, 2010).


2 O Jogo Dominó Geográfico Da Região Sul


O Dominó Geográfico da Região Sul foi elaborado em dupla sob supervisão da professora regente e da coordenação de área do PIBID. O jogo foi confeccionado para uma turma de 20 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, tendo como conteúdo a região sul.  As informações contidas nas peças foram retiradas do livro do 7º ano de Geografia do projeto Araribá.
Antes da aplicação do jogo foram feitas observações e aulas-piloto na turma do 7º ano. As aulas foram ministradas pela dupla de bolsistas do PIBID, abrangendo os aspectos físicos, culturais e econômicos da região sul do Brasil. A aula foi expositiva e dialogada, com uso do mapa político do Brasil e imagens da região estudada (passadas na TV- Pendrive).
O jogo Dominó Geográfico da Região Sul tem por objetivo revisar e fixar o conteúdo trabalhado na aula-piloto sobre a região Sul; propiciar aos alunos um aprendizado lúdico e diferenciado da realidade cotidiana; motivar e despertar no aluno o interesse em conhecer sua região de vivência.
Materiais necessários para confecção do dominó: 23 peças de madeira MDF, com formato retangular medindo 6 cm por 12 cm; papel adesivo para impressão do jogo; papel contact transparente para colocar em cima da impressão e conservar por mais tempo a peça.
Metodologia para confecção do jogo: No computador, por meio do programa Power Point (figuras 01, 02 03, 04, 05 e 06), foi desenhado o retângulo da peça do dominó (com as medidas acima descritas) com uma divisão no meio. De um lado da peça foi colocado uma imagem e do outro um texto (descrição de uma imagem que parece no jogo, não pode contar na pela a imagem e sua própria descrição), cuidando para que todas as peças tivessem texto e imagem da região Sul e que tivessem sido trabalhadas durante a aula-piloto.
Depois da elaboração do jogo no computador foi feito um protótipo para ser testado antes da aplicação em sala, para se certificar que o jogo não tranca e que é possível fazer o encaixe das peças, mantendo uma sequência de imagem e texto. 
Como jogar o dominó com os alunos: dividir a turma em três a quatro componentes. Cada grupo deve ter um domino completo com as 23 peças.  Com as peças viradas sob uma superfície, cada integrante do grupo escolhe 5 a 7 peças. As demais são deixadas de lado para serem “compradas” por um jogador que não tem a peça relacionada á dica ou imagem já laçada. O jogo pode ser iniciado com qualquer integrante do grupo, sendo respeitada uma sequência onde um de cada vez tem a chance de jogar sua peça, em sentido horário, o próximo jogador deve colocar na superfície a peça que contenha a respectiva imagem ou dica/ pergunta que corresponde a peça que está em jogo. Caso o jogador não possua a peça adequada, é necessário que compre outra, se não conseguir, o jogador deve passar sua vez para o próximo. As peças devem ser colocadas sucessivamente como em um dominó, ganha o jogo o aluno que ficar sem peças primeiro.













3 A aplicação do Jogo Dominó Geográfico da Região Sul



Primeiramente foram aplicadas duas aulas-piloto sobre os aspectos físicos, culturais e humanos da região sul do Brasil, apresentando imagens na TV pendrive e mantendo uma exposição dialogada com os alunos. Também foi utilizado o mapa político do Brasil, onde os alunos puderam observar a espacialização dos fenômenos discutidos em sala de aula.
Na aula seguinte à expositiva, foi aplicado o jogo de dominó geográfico região sul. Por escolha dos alunos eles se juntaram em três grupos no qual dois de meninos e um de meninas, com 5 a 6 alunos cada um. A reação dos alunos primeiramente foi de espanto, a inovação causou um sentimento de estranheza, pois não estavam acostumados a jogar em sala de aula em sim na aula de educação física. Mas como o jogo é descontraído e divertido, os alunos se entusiasmaram aos poucos.
Com as regras do jogo bem explicadas, eles não tiveram dificuldades em entender e segui-las, porque já as conheciam. No início houve uma dificuldade em associar a imagem com a dica, porque eles tinham que ler e observar as imagens (exercício que não foi bem recebido pelos alunos), muitos ficavam perguntando aos bolsistas e professores se a dica se encaixa na imagem sem mesmo ter observado as peças. Os alunos mostram preguiça em fazer a leitura, uma vez que grande parte do tempo são passivos em sala de aula e pouco participam, por isso a “estranheza”.  Porém na segunda e terceira rodadas os discentes estavam mais adaptados a lógica do jogo e mais entusiasmos para jogar e compreender o assunto.
Desde a construção até a aplicação em sala de aula foi um processo positivo e inovador para bolsistas do PIBID e futuros professores, pois pôde se conhecer na teoria e na pratica uma nova metodologia para ser trabalhado em sala de aula. De forma que o jogo é um instrumento de ensino que acrescenta positivamente na formação docente.
Mas cabe ao professor elaborar um objetivo e uma estratégia para a aula e o jogo proposto, para que o aluno não veja a aula e a aplicação do jogo apenas um momento de diversão e descontração e sim uma aula que possui uma finalidade que é fazer com que o aluno possa compreender o conteúdo de forma diferenciada. Mostrando que dar aula é um processo de interação entre aluno e professor, por isso utilizar o lúdico para construir o conhecimento com o aluno.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para um ensino de Geografia mais eficiente o professor precisa  contextualizar o viver dos alunos com os fenômenos geográficos estudados e despertar neles o interesse pelo tema. Desta forma, o dominó geográfico da região sul torna-se uma excelente opção, pois permiti a realização de variados objetivos didáticos, mas também promove a socialização e interação entre aluno e aluno e entre aluno e professor.
O jogo aplicado pelo projeto PIBID Geografia UENP proporcionou à professora regente inovação e mudança na metodologia utilizada em sala de aula e aos alunos bolsistas de iniciação à docência, agregou conhecimento e melhorou a formação inicial destes, mostrando a concretização da teoria em atividade práticas no ambiente escolar.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

 ANTUNES, C. Geografia e Didática.  Petrópolis: Vozes, 2010.


CASTELLAR, S.; VILHENA, J. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage, 2010.

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* Texto elaborado a partir do PIBID- Programa Institucional de Bolsa a Iniciação a Docência no Curso de Licenciatura em Geografia, sob orientação professora Dda. Jully G. R. de Oliveira.
** Graduandos do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná- UENP de Cornélio Procópio. Bolsistas do PIBID- Programa Institucional de Bolsa a Iniciação a Docência.